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Criptomoedas

Stablecoins: Conheça as Criptomoedas Mais Estáveis do Mercado!

Autor: Lucas Pereira

Publicado em

No volátil mundo das criptomoedas, onde preços podem disparar ou despencar em questão de minutos, um tipo de ativo digital surge como um porto seguro: as stablecoins. Como o próprio nome sugere, elas foram criadas com um propósito fundamental: manter um valor estável, geralmente atrelado a uma moeda fiduciária (como o Dólar Americano) ou a um lastro de ativos.

Para entender o que são as stablecoins, imagine a seguinte situação: você quer usar criptomoedas para transações diárias, mas teme que o valor do seu Bitcoin ou Ethereum mude drasticamente entre o momento da compra e o do uso. É aí que as stablecoins entram em cena. Elas buscam replicar a previsibilidade das moedas tradicionais, ao mesmo tempo em que aproveitam os benefícios da tecnologia blockchain, como agilidade nas transações e descentralização.

Mas como elas conseguem essa estabilidade?

Existem diferentes mecanismos para garantir a paridade de uma stablecoin, mas os mais comuns são:

  • 1- Lastreadas em Moeda Fiduciária (Fiat-Collateralized): São as mais populares. Para cada stablecoin emitida, há uma unidade da moeda fiduciária correspondente (geralmente Dólar Americano) guardada em reservas bancárias. Isso significa que, se você possui 1 USDC, por exemplo, a empresa emissora teoricamente tem 1 Dólar em sua conta para garantir o resgate. Essa garantia oferece confiança, mas exige auditorias e transparência para comprovar a existência das reservas.
  • 2- Lastreadas em Criptoativos (Crypto-Collateralized): Neste modelo, a stablecoin é garantida por uma cesta de outras criptomoedas. Para diminuir a volatilidade do lastro, geralmente é exigida uma sobrecolateralização. Ou seja, para emitir $100 em stablecoin, você pode precisar depositar $150 ou $200 em criptoativos voláteis. Se o valor do lastro cair, uma parte dele pode ser liquidada para manter a estabilidade.
  • 3- Algorítmicas (Algorithmic): São as mais complexas e, historicamente, as mais arriscadas. Elas não possuem um lastro direto em reservas ou criptoativos. Em vez disso, algoritmos buscam manter a paridade queimando ou cunhando novas stablecoins de acordo com a demanda e a oferta. O colapso da stablecoin algorítmica TerraUSD (UST) em 2022 serviu como um lembrete severo dos riscos inerentes a esse modelo.

Por que as Stablecoins são Importantes?

As stablecoins desempenham um papel crucial no ecossistema cripto e além:

  1. Ponte entre o mundo tradicional e o cripto: Facilitam a entrada e saída de capital do mercado cripto sem a necessidade de conversão constante para moedas fiduciárias.
  2. Meio de troca para pagamentos: Oferecem uma alternativa digital estável para transações do dia a dia, remessas internacionais e comércio eletrônico.
  3. Refúgio em tempos de volatilidade: Investidores podem converter seus ativos voláteis em stablecoins durante quedas de mercado, protegendo seu capital.
  4. Base para finanças descentralizadas (DeFi): Muitas aplicações DeFi utilizam stablecoins como base para empréstimos, pools de liquidez e outras operações.

Quais São as Stablecoins Mais Conhecidas no Mercado?

Atualmente, algumas stablecoins dominam o mercado, sendo as mais proeminentes:

  • Tether (USDT): É a stablecoin mais antiga e com maior volume de negociação. Lastreada em Dólar Americano, ela é amplamente utilizada em exchanges para negociação e como par para diversas criptomoedas. Apesar de seu domínio, o USDT já ter enfrentado um exame minucioso em relação à transparência de suas reservas.
  • USD Coin (USDC): Desenvolvida por um consórcio liderado pela Circle e Coinbase, o USDC é outra stablecoin lastreada em Dólar Americano que ganhou significativa confiança no mercado devido à sua maior transparência e auditorias regulares de suas reservas.
  • Dai (DAI): Diferente das duas primeiras, o DAI é uma stablecoin descentralizada lastreada em criptoativos. Gerenciado pelo protocolo MakerDAO, ele busca manter a paridade com o Dólar Americano através de um sistema de sobrecolateralização e mecanismos de governança. Sua natureza descentralizada a torna atraente para aqueles que buscam maior independência de entidades centralizadas.
  • First Digital USD (FDUSD): Uma stablecoin relativamente mais nova, lançada pela First Digital Labs, com sede em Hong Kong. O FDUSD é lastreado em Dólar Americano e busca oferecer uma alternativa competitiva no mercado, com foco em regulamentação e transparência.

O mercado de stablecoins continua em evolução. Reguladores em todo o mundo estão cada vez mais atentos a esses ativos, buscando criar marcos legais que garantam a proteção do consumidor e a estabilidade financeira. O surgimento de CBDCs (Moedas Digitais de Banco Central) também pode impactar o cenário das stablecoins no futuro.

Independentemente dos desafios regulatórios, as stablecoins consolidaram seu papel como um pilar fundamental do universo cripto, oferecendo a tão desejada estabilidade em um ecossistema conhecido por sua imprevisibilidade. Elas são, de fato, a âncora que permite que o barco das finanças digitais navegue com mais segurança pelos mares turbulentos do mercado.

Por Lucas de Sá Pereira, contador https://contadorlucaspereira.shop/, e colunista do Jornal Contábil e criador do Instagram @contadorlucaspereira

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Com mais de uma década de vivência no mundo contábil, sou Lucas Pereira, formado pela Universidade Braz Cubas em ciências contábeis e com registro no CRC. Minha jornada me levou a aprimorar meus conhecimentos em renomadas instituições internacionais como King's College London e SOAS University of London. Acredito que a contabilidade e as finanças não precisam ser complexas. Aqui, no Jornal Contábil, meu objetivo é desmistificar esses temas e compartilhar insights práticos para que você tome decisões mais assertivas para o seu negócio.

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